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Nossa, hoje estou surpreso com a quantidade de internautas postando sobre a decepção!
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Você leu direito sim, decepção! E não decepação ou decapitação. Se bem que em todas elas há uma sensação que algo dentro de nós foi abatido, mutilado ou arrancado.
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Delas, só a decepção é uma mutilação não física, pois é sentidamente emocional.
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Nestes casos, é prudente examinar se ela ocorreu diretamente consigo ou se foi com alguém que lhe seja querido. Se foi com outra pessoa estimada por você, é bom ouvir as duas partes envolvidas. Na era das informações, nem todo boato é verdadeiro, nem toda notícia é seguramente uma informação. Há que se ter mais de duas fontes de consultas para não ser enganado depois… Ou desenganado, o que vai produzir uma decepção em você, com certeza. Em relação à pessoa que você estimava, é claro; e que por conta da amizade que havia entre vocês, ela lhe induziu -com uma mentira- a tomar partido dela numa determinada situação ou disputa. Ou tentou impedir que você visse algo de “errado” que está acontecendo na vida dela, e que ela não queria que você soubesse. Pode-se chamar isso de “jogar areia nos olhos” ou “forçar a amizade”, pois a besteira já está feita mesmo.
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Agora, se a decepção aconteceu com você diretamente, por causa da atitude de alguém, é uma ótima oportunidade para você refletir, crescer, perdoar e libertar-se.
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Pois vivemos num mundo relativo, onde tempo, lugar e situação podem explicar o comportamento de alguém, inclusive o nosso. Por exemplo, quem já não recebeu uma mijada ou cagada de um bebê fora de hora? Eu já. E muitas vezes. E qual costuma ser a nossa reação? A minha foi de banhar o bebê, agasalhar-lhe, sorrir pra ele, e alimentar-lhe com cuidado e carinho. Sem contar os “gud gud” na bochecha dele junto com a minha baba de admiração! E tocava a vida assim, sem traumas nem tristezas. Agora, o que fazer se quando o bebê crescer ele continuar a fazer a mesma coisa? Será que ele cresceu mesmo ou foi a nossa expectativa em relação a ele que cresceu sozinha?
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Pense bem nisto. Pois o que é combinado não é caro! E quando alguém nos decepciona é porque tornou a nossa confiança ou admiração muito caras para o nosso padrão de vida afetiva, psíquica, emocional, material, sentimental, profissional, familiar, etc.
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Como resolver? Perdoando, pois acho mais racional e econômico do ponto de vista financeiro e emocional. Mas jamais abra mão do seu direito de fazer justiça, dialogando, inquirindo, questionando, solicitando desculpas ou indenizações (materiais e/ou morais) cabíveis. Com isto você induz a pessoa que lhe decepcionou a refletir também. E isto poderá levar ela a um crescimento na vida. Ao crescimento moral (sentimentos bons pelos outros), afetivo, de juízo de valores e de responsabilidades frente à vida. Converse com ela, concilie-se o mais rapidamente com ela.
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Se ela se negar, então ponha o seu advogado para conversar com o dela. Pois meu amigo Jesus morreu perdoando, e dizia que todo aquele que tem sede de justiça é um bem-aventurado, pois será saciado! E não vingado, pois ele não disse isto! E acredito na força libertadora do perdão porque ele me parece racionalmente justo. Pois eu também posso errar (sem querer, é claro), e gostaria que a parte que se sentisse lesada viesse conversar comigo e me desse uma chance de entender e crescer também! Num ambiente que se faz justiça todos podem crescer, e o que é melhor, sem se ferir.
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Magoar-se é uma atitude de imaturidade emocional. É tomar um veneno sentimental desejando que quem lhe decepcionou morra! Já viu no que vai dar? É justo a pessoa decepcionada fazer isto consigo mesma? Juntar à decepção a falta de saúde e alegria de viver? Tudo porque a pessoa que lhe decepcionou não é perfeita ainda. Nem eu, nem você. Até aí tudo bem? Considere também a possibilidade que o bebê só cresceu em tamanho. Assim, além de imperfeito ele está imaturo.
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E você já imaginou nas possibilidades que uma pessoa que se encontra assim terá para se machucar futuramente? Então ajude-a. Esclarecendo e perdoando; perdoando e fazendo justiça; mas com as leis e, jamais com as mãos!
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